Começar a investir pode parecer como caminhar em um terreno desconhecido. Você abre o aplicativo do banco, vê a aba de investimentos… mas aquele bosque de opções deixa tudo nebuloso. Será que é seguro? Será que estou fazendo certo?
Respira.
Neste artigo, vou te mostrar exatamente como eu investiria meus primeiros R$ 1.000 — e como você pode usar essa mesma estrutura para montar sua primeira carteira de forma estratégica, simples e muito consciente.
Sou o Mateus Silva, criador do canal @mateussilvainvest, e aqui falamos de educação financeira de um jeito prático e direto. Se esse é o seu tipo de conteúdo, já anota este blog nos favoritos e vem comigo.
Antes de tudo: você NÃO precisa ter R$ 1.000 para começar
O objetivo aqui não é o valor.
O objetivo é te mostrar como estruturar uma carteira de investimentos — com lógica, equilíbrio e visão de longo prazo.
Se você tem R$ 100, R$ 300 ou R$ 1.000, a base é a mesma. O importante é dominar o raciocínio.
Passo 1 — Reserva de Emergência: sua primeira fortaleza
Antes de comprar ações, FIIs ou qualquer ativo de renda variável, você precisa ter sua reserva de emergência montada.
Sim, esse assunto parece repetido.
Mas não dá para investir em ativos que oscilam sem ter um “pára-quedas”. Se um imprevisto acontece e você precisa resgatar dinheiro, sem reserva você pode ser obrigado a vender investimentos em baixa — e isso dói no bolso.
Se você ainda não montou a sua, recomendo estudar sobre Tesouro Selic, um dos melhores lugares para deixá-la bem guardada.
Passo 2 — Estrutura da carteira: simples, clara e poderosa
Vamos imaginar que você tem R$ 1.000.
A ideia é criar uma carteira conservadora-moderada, com potencial de crescimento, mas sem riscos exagerados.
A distribuição será assim:
- 50% em Renda Fixa (R$ 500)
- 25% em Ações (R$ 250)
- 25% em Fundos Imobiliários (FIIs) (R$ 250)
Simples, estratégica e equilibrada.
1. Renda Fixa (50%) – A base da sua carteira
Aqui vão os primeiros R$ 500.
Esse é o alicerce, a parte mais estável.
Você pode escolher entre:
- CDBs com liquidez diária
- Caixinhas do Nubank ou “cofrinhos” de bancos digitais
- Tesouro Selic
- CDBs pré-fixados, dependendo do seu objetivo
Se estiver em dúvida, o Tesouro Selic é sempre um investimento coringa.
O prazo vai depender da sua meta: aposentadoria, viagem, compra de um bem… Mas independentemente do destino, renda fixa sólida é sempre o ponto de partida.
2. Ações (25%) – Estratégia BEST
Agora vamos aos R$ 250 em ações.
Aqui seguimos a filosofia ensinada pelo famoso investidor Luiz Barsi e pelo pessoal do AGF, focada em setores considerados perenes — aqueles que continuam lucrando mesmo em momentos difíceis.
É o que chamamos de setores BEST:
- B: Bancos
- E: Energia
- S: Saneamento
- T: Telecomunicações
(+ Seguros, que também entram nessa lógica perene)
Para o exemplo, usamos uma seleção simples seguindo essa linha:
- Banco do Brasil (setor bancário)
- Cemig (energia)
- Caixa Seguridade (seguros)
- Sanepar (saneamento)
As quatro juntas custavam cerca de R$ 49,82 por conjunto (uma ação de cada). Com R$ 250, você poderia comprar 5 de cada, fechando muito próximo do valor disponível: R$ 249,10.
⚠ Importante:
Essas escolhas são apenas exemplos, não recomendações.
Você deve pesquisar qual empresa representa melhor cada setor no seu ponto de vista.
3. Fundos Imobiliários (25%) – Escolha inteligente para diversificação
Os últimos R$ 250 vão para os Fundos Imobiliários.
Aqui escolhemos um tipo específico: fundo de fundos (FoF). Por quê?
Porque com pouco dinheiro, um FoF já te coloca automaticamente exposto a diversos outros FIIs ao mesmo tempo — é como comprar um pacote diversificado de imóveis.
O exemplo usado no vídeo foi o HFOF11, cotado a aproximadamente R$ 5,89.
Com isso:
- R$ 250 ÷ 5,89 = 42 cotas
- Pagamento mensal aproximado: R$ 0,06 por cota
- Total de rendimentos mensais: R$ 2,52
Simples, acessível e constante.
Bônus: dividendos das ações
As ações escolhidas fazem parte da filosofia do Barsi, que prioriza empresas pagadoras de dividendos.
Mas cada empresa tem sua própria agenda, então:
- Algumas pagam 1x por ano
- Outras 2x
- Outras trimestralmente
É natural que a renda variável não tenha a mesma regularidade dos FIIs, mas isso não tira seu potencial.
Montando sua carteira na prática
Para resumir:
✔ Defina quanto irá colocar em renda fixa e variável
✔ Escolha as ações por setor, com estratégia
✔ Use um FII para equilibrar e gerar renda mensal
✔ (Opcional) Inclua exposição internacional
✔ (Opcional) Separe 5% para ativos mais arrojados, como criptos
A construção da carteira é mais simples do que parece — e muito mais gratificante quando você percebe que está construindo o seu futuro com as próprias mãos.
E aí, o que você faria diferente?
Deixe nos comentários do vídeo sua versão dessa carteira ou sugestões de melhorias. Vou ler todos.
E se quiser ver essa explicação completa em vídeo, com exemplos visuais e cálculos aparecendo na tela, basta assistir aqui:
➡️ ASSISTA AO VÍDEO COMPLETO https://youtu.be/YvlSEPwEowA
